Happy hour com os amigos, show no final de semana, almoço em família ou uma simples conversa com velhos amigos. Em cada uma dessas atividades há um elemento comum. Você sabe qual é? Pensou em algo do tipo: amizade, companheirismo, alegria, descontração e muita, mas muita interação? Parabéns, você acertou. Porém há um detalhe: todas as situações descritas são intermediadas, ou melhor, são interferidas por smartphones, tablets, iPhones, iPads etc.
Durante um show, por exemplo, as pessoas deixaram de prestigiar a sensação do “ao vivo” e passaram a assistir à apresentação por meio das telas dos aparelhos. Mas engana-se quem pensa que é apenas durante o show que isso ocorre. O mundo hoje passou a ser experimentado e vivenciado através das telas. Veja que ironia, até este post!
Viver e ver o mundo pelas lentes da tecnologia não é ruim, pelo contrário, hoje é necessário. A problemática está no exagero da forma como esse corriqueiro hábito acontece. É impossível conversar com um amigo sem que ele, ou mesmo você, desgrudem os olhos das telas. Os alertas de atualizações e mensagens chegam a todo o momento e, consequentemente, a atenção passa a ser dividida com o aparelho. Assistir uma aula sem rolar a barra de atualizações do Facebook e postar comentários do tipo: “Tédio em Faculdade Tal” parece algo impossível. Mas não se assustem está tudo de acordo com os padrões da “normalidade” contemporânea. Por isso mesmo, O escritor Douglas Rushkoff denominou essa geração de 'screenagers'' (de ''screen'', tela e teenagers, adolescentes), ou seja, os jovens da época da tela.
Por causa desse comportamento quase geral muitas campanhas publicitárias (Copo off-line; Larga o celular e curta o momento; Boteco. A verdadeira Rede Social) estão sendo planejadas para minimizar os impactos do uso descontrolado de smartphones, iPhones e similares. Como destaque está um pequeno vídeo, postado dia 22 de agosto, no Youtube, que relata como foi o dia de uma garota que esqueceu seu smartphone em casa. O vídeo já alcançou mais de 10.662.734 visualizações. Vale a pena conferir e pensar um pouco mais a respeito desse tipo de comportamento. Afinal, as tecnologias continuarão evoluindo para a nossa felicidade. Temos apenas que observar quem serve quem nessa brincadeira: será você a serviço da tecnologia ou o contrário?
Quem sabe não é o momento de também “esquecer” o smartphone em casa e retornar a ver o mundo pela lente de seus próprios olhos?
#ficaadica
Até breve,
Jussara Assis