O Natal é sinônimo de vida e nascimento. Renascemos a cada manhã, despertados
pelos raios divinos da esperança e do amor, emanados pelo Sol. Desejamos a
todos que se banhem neste oceano de luz e tenham um Natal com muita felicidade,
paz e amor.
25 de dezembro de 2012
18 de dezembro de 2012
O valor e o sagrado
A televisão brasileira
neste período começa apresentar os clássicos “especiais de fim de ano” e ai são
filmes, musicais e programas de Natal. A emoção volta à tona e a fé parece
virar um mero instrumento potencializador de resultados. “A fé move montanhas”,
já disse os ensinamentos bíblicos. Porém, neste período ela move montanhas de
dinheiro e interesses particulares. O comércio louva o bom velhinho e festeja a
elucidação do sagrado.
Desse modo, só nos resta
esperar que as pessoas saibam perceber o valor deste período, que está muito mais
além da troca de presentes. Procurar admirar as luzes de Natal, sem, contudo,
se ver cego diante da miséria e solidão daqueles que não possuem mesas fartas
para ceiar. São mãos vazias, sedentas por auxílio, que se estendem na direção
de mãos fartas, de sacolas e individualidades, mas impossibilitadas de
contribuir.
Portanto, por um Natal
com menos fantasia e mais realidade, celebremos o período com escolhas mais
conscientes e dotadas de significados verdadeiros. Feliz Natal!
Até breve,
Jussara Assis
26 de novembro de 2012
O confronto
A partir de um trabalho
realizado na disciplina Ética em Relações públicas, a professora nos
solicitou que fizéssemos uma produção artística, tendo como referencia alguns
textos que nos questionavam sobre vocábulos, que conceituam sensações que
afligem a alma humana.
No poema, abordo a
relação dialética entre o amor como verbo e o que entendo sobre o mesmo. Abaixo
fora feito um vídeo pelos outros componentes do grupo, que remete a mesma ideia
de confrontação sugerida no poema.
O
confronto
Em uma tarde
ensolarada de sábado,
O amor concebido
daqueles dois olhares de desejo,
Berrou faminto
dizendo: “Decifra-me ou devoro-te"
Ambos pensaram em
algo e deram como resposta,
O burocrático e
eficaz silencio.
Amordaçaram o clamor
de suas vontades latentes.
O amor, então, cheio
de si afirmou:
Viverão o amor como
verbo aprendido na escola do mundo.
Ação demagógica de
vínculo carnal entre indivíduos desejosos.
Pois o que sentem, de
fato, nunca será revelado a ninguém.
Ficará destinado a
sua multidão de dentro com suas vozes dissonantes.
A essência de tudo
ficará guardada dentro de seus corações duvidosos.
E disse mais:
E tudo em meu nome,
como verbo, será ambíguo.
Acharão virtuoso o
gesto de matar e morrer.
Sentirão o gosto
amargo do fel, toda vez que em vão
Proferir meu nome nas
madrugadas sem emoção.
Se não me definirem
logo, nunca saberão o que seja viver.
E os dois olhares de
desejo se levantaram de sua alcova.
Perplexos e eufóricos
imaginando tudo aquilo ser um pesadelo.
Por alguns segundos,
ambos se olharam a contento.
Mas logo, cada um
virou se para o seu respectivo canto/mundo.
De um lado uma alma
em chamas cheia de paixão e ternura.
De outro lado um
corpo frio, apático e vazio de sentimento.
Fábio César Marcelino
22 de outubro de 2012
Tudo vale a pena?
Estamos na metade da primavera, a estação das flores, e, como de costume, as campanhas de lançamento para a próxima estação, o verão, já começaram a ser apresentadas. São coleções de calçados, roupas e acessórios. Isto é, são tendências sutilmente impostas pelos padrões da cultura consumista.
A Loja Marisa, por exemplo, lançou na última quarta-feira dia 17 de outubro, a sua nova coleção “Alto verão Marisa”. O lançamento foi ilustrado com um belíssimo comercial protagonizado por uma linda, magra e elegante modelo. Nada de novo, correto? Afinal, quase todas as campanhas publicitárias possuem este estereótipo. Porém, o clipe está sendo questionado pelo uso de um texto ditatorial. Vejam:
“Esta é uma homenagem a todos vocês que me ajudaram a chegar até aqui. À todos os chuchus que eu comi este ano, aos pepinos fatiados, baby cenouras e quinuas que acalmaram meus momentos de ansiedade. Uma justa homenagem às leguminosas e sopas ralas que fizeram minhas refeições menos alegres, mas que farão meu verão mais feliz”.
Trata-se de uma campanha que impõe a ditadura da beleza e do culto ao corpo. No vídeo, a modelo expõe os sacrifícios realizados para estar com o corpo perfeito para o verão e a certeza de que a restrição alimentar fará desse verão o mais feliz. Feliz por ter um corpo desejado, admirado e bonito de se por à mostra. E, para finalizar, o vídeo fecha afirmando que “tudo vale a pena para viver bem o verão”. Será? Será mesmo que outras pessoas por não seguirem os padrões impostos pela ditadura da magreza não serão felizes neste verão? E, será mesmo que tudo vale a pena?
Creio que não. Pois em nome deste corpo magro e perfeito, milhares de pessoas sacrificam não só a sua alimentação, mas também a vida. Doenças graves como a anorexia e a bulimia são exemplos das possíveis consequências desta terrível e, ainda, tão imposta ditadura. Abaixo, assista ao vídeo.
Até breve,
Jussara Assis
8 de outubro de 2012
Navegar é preciso; viver não é preciso.
Ontem o dia nasceu
apático e enfadonho em todas as cidades brasileiras. Não que o tempo estivesse
nascido acinzentado e chuvoso, pelo contrário, a chuva sempre será bem vinda. A
data dominical do dia 07 de outubro foi dedicada as eleições municipais: dia de
escolher quem serão nossos representantes – prefeito e vereadores por pelos
próximos 4 anos.
O tempo feio do qual
me refiro é a chuva de “santinhos de candidatos” contendo propaganda hipócrita
e demagógica, e que inundam os becos, ruas e avenidas afogando grande parte da
população brasileira na calmaria do Mar da Apatia. Ficar a deriva neste oceano
faz parte de nossa cultura.
O Brasil República
nasceu sobre o signo da apatia. Tanto a Independência do Brasil, quanto a
Proclamação da República, foram marcados pela pouca ou nenhuma participação
popular. São dois eventos de cunho revolucionário, que pressupunha a
participação maciça do povo, e que podem se definidos com a frase célebre dita
em 26 de julho de 1930, por um político expressivo da época: “Façamos a
revolução antes que o povo a faça”.
Este modelo de
política de favorecimento das elites permeia a história do Brasil. O Estado
detentor do poder político nunca permitiu a participação ativa e efetiva da
população na política. Golpes e ditaduras foram realizados, com o intuito de
manter os grupos hegemônicos no poder. O resultado de tal política
assistencialista, que faz dos direitos do povo uma concessão do estado, são
cidadãos apáticos e submissos, que assumem papel secundário na sociedade
brasileira. Sergio Rouanet fala sobre a política na pós-modernidade: “Há certo
risco de carnavalização da política: uma festa que alguns adolescentes saem
periodicamente às ruas num simpaticíssimo protesto [...] e, no intervalo a
letargia.” ou a apatia.
Fica a sensação terrível em que tudo está em seu devido lugar, que a ordem natural das coisas seja esta da qual nós vivemos.
Fábio César Marcelino
21 de setembro de 2012
Ignorância ou intolerância?
Globalização: termo gasto e redundante aos
nossos ouvidos, não é mesmo? Mas é impossível não falarmos a respeito, pois este
fenômeno está se transformando à medida que a internet se propaga e ganha cada
vez mais força e adesão. Fatos distantes estão interferindo na segurança e na
ordem pública de outros países devido a propagação de informações via rede.
Por exemplo, países da Ásia, África e Oriente
estão vivenciando episódios de revolta por conta da polêmica produção
cinematográfica, norte americana, intitulada “A inocência dos mulçumanos”, que
retrata a figura do profeta Maomé como um homem que sancionava o abuso de
crianças e matava em nome do poder. Além disso, o filme mostra o profeta tendo
relações sexuais com sua mulher e outras também e, por fim, a relação
surpreendente de que ele era homossexual. Com tanta novidade assim, não era de
se esperar outra reação.
O fato é que mais uma vez na história mundial,
deparamos com um episódio de preconceitos culturais e religiosos que
desencadearam mortes, violentos ataques e um imenso desrespeito ao outro. É
lastimável perceber que cenas como essas ainda acontecem por mero descaso da
figura alheia.
Não há como negar que devido a globalização, o
convívio com as múltiplas crenças se tornou comum e deveria ser algo rico em
trocas de conhecimento e saberes, mas ao que parece, contribuiu para tornar a
relação entre os nações ainda mais complexas.
Em suma, este fenômeno global amplia a relação
de diversidade, mas propaga na mesma proporção a intolerância e a ignorância. A
internet e as outras mídias são utilizadas como ferramenta para a disseminação
do preconceito e a religião, no caso, como justificativa.
Até
breve,
Jussara
Assis
Até
breve,
Jussara
Assis
30 de agosto de 2012
As Iracemas
Na semana
passada, tive a oportunidade de assistir ao filme As Iracemas. Curta metragem
que conta a história de uma família que vive em uma região isolada, em um
casebre que fica na região do Alto do Mingú, entre os municípios de Rio
Acima e Raposos (MG), distante apenas 33 km de Belo Horizonte, capital da
nossa Minas Gerais.
O filme
mostra o cotidiano bucólico e solitário de quatro mulheres que preferiram a
atual tranquilidade do local, do que fazer parte da imensa “Aldeia Global”. Aos
nossos olhos elas não vivem, pois não produzem ou consomem: elas se mantem
através de doações e, sua tarefa é a de cuidar dos animais. Ao final das gravações
do filme, a matriarca falece, causando grande consternação por parte das
demais.
O fato
inusitado é quando os produtores do filme reproduzem a película em um laptop: quando
elas se viram na imagem ficaram estarrecidas, pois nem espelhos possuem.
Ficaram ainda mais perplexas quando viram a mãe que falecera. Da tela do
computador viram a mãe contar as história de suas vidas, história esta que bem
sabiam, mas em uma perspectiva
assustadora e nova: a emoção mediada pela tecnologia. Fiquei imaginado a
vontade oceânica daquelas mulheres em abraçar a mãe.
O
pensador alemão Siegfried Zielinski, de passagem pelo Brasil faz uma interessante
afirmação que ilustra o caso acima: para o filósofo, qualquer aparato
tecnológico de comunicação são ferramentas racionais que nos auxiliam bastante,
mas elas não podem representar a substituição de partes da vida ligadas as
emoções.
As
Iracemas resolveram viver isoladas da sociedade por entenderem que uma vida
reclusa, baseada totalmente na família seria melhor. Imagino que vivem
intensamente uma relação familiar intricada, mas de alguma beleza, creio eu, que
no mínimo são mais humanas do que as nossas, pois a relação que se apresenta
entre as Iracemas é supostamente baseada na emoção.
Enquanto
nós, da “aldeia global” racionalmente vamos robotizando a vida dando à emoção
uma versão fria e apática e, mais do que nunca, previsível e pontual.
Clique aqui e conheça um pouco mais sobre o filme.
Fábio
César Marcelino
12 de agosto de 2012
À moda antiga
Durante um programa de TV norte americano, uma jovem perguntou “o que
faz a América a maior nação do planeta?”. Não sei em que plano do globo vive
está jovem, mas já faz algum tempo que os americanos não representam a maior
nação do planeta em termo de desenvolvimento econômico e tecnológico.
Atualmente novas potencias estão surgindo e fortalecendo a sua atuação no
cenário mundial.
O fato é que a decadência americana foi justificada pelo enfraquecimento
do jornalismo de televisão.
Decadência, porque ao invés de noticiar e argumentar exclusivamente sobre
questões políticas, econômicas e morais; o telejornalismo divulga entre estas
notícias fatos a respeito do cotidiano das celebridades. E, além disso, as
discussões políticas, econômicas e morais são abrandas, ou seja, possuem um
repertório mais pobre, menos elaborado e com baixo teor de qualidade e apelo
informativo. São dados lançados ao sabor do vento. Entende quem quer e
compreende quem tem juízo.
Isso nada mais é do que o reflexo de um novo público: menos interessado
em questões sérias e mais interessado no que é privado/ particular e midiático.
Outra situação que interfere no processo de decadência do telejornalismo na América
e no mundo, se refere ao aumento de competição e oferta de notícias. Você já
parou para observar a quantidade de noticiários vão ao ar todos os dias? Penso
ser incalculável, tamanha a variedade.
Assim, está lançado o desafio: observe, filtre e aprecie o bom e velho
jornalismo de qualidade. Não sei onde você irá encontrá-lo, mas a busca por
informação e conhecimento é sempre válida. Aventure-se!
Até breve,
Jussara Assis
29 de julho de 2012
O futuro dos jogos olímpicos
Quando cheguei em
casa e vi Neymar fazendo o terceiro gol da seleção olímpica brasileira, sobre o
selecionado olímpico egípcio, fiz alguns questionamentos: que jogo da seleção é
este que, não tem a narração do Galvão Bueno? Será que já começou os jogos
olímpicos de Londres? Peço perdão pela gafe, pois não sei se serei convincente
no argumento que darei: faço parte da singular parcela da população que
acompanha o diário esportivo pela Rede Globo; não que a empresa global seja a
melhor, mas sim pela qualidade da imagem.
Como a Rede Record
possui os direitos de transmissão em TV aberta, a Globo apenas informa os
acontecimentos mais importantes através de notas ao longo de sua programação. A
Globo faz a cobertura em TV fechada através da Sportv. São 4 canais dedicados a
programação diária dos jogos e, que terão a participação “especial” de Galvão
Bueno.
Caso análogo é o
que acontece com a disputa entre as empresas globais Adidas e Nike. A primeira
empresa é patrocinadora oficial dos jogos olímpicos e a segunda consegue
visibilidade gigantesca por ser fornecedora e patrocinadora de algumas
delegações de países que disputarão os jogos olímpicos.
A Nike lançou uma campanha publicitária com
uma abordagem um pouco inusitada: a campanha global denominada “Find Your
Greatness” (Encontre a sua grandeza) enfatiza a dedicação de atletas amadores
espalhados pelo mundo, onde qualquer lugar que haja prática esportiva pode ser
chamado de Londres, desmistificando os jogos olímpicos.
Se na perspectiva
esportiva, os jogos olímpicos criados pelos gregos tem o objetivo de promover a paz e a
amizades entre os povos, mesmo que em algumas ocasiões os jogos foram palcos de
disputas políticas, já na perspectiva de mercado é uma guerra de titãs.
Como nossa era é
marcada pelo declínio do estado frente às empresas supranacionais, poderemos
ter no futuro próximo, ao invés de jogos olímpicos entre nações, teremos jogos
olímpicos entre empresas. Na verdade estes jogos já acontecem, eles serão
oficializados. As centenas de bandeiras nacionais dos variados países do globo
darão lugar, para cinco ou seis bandeiras destas empresas supranacionais.
E torceremos com a
mesma volúpia e emoção.
Fábio Cesar Marcelino
11 de julho de 2012
O retrato da crueldade
Compartilho com vocês
alguns estranhos momentos que presenciei neste último final de semana. Duas
situações distintas, mas que possuem algo peculiar em comum. Acompanhe!
Sábado, no capítulo da
novela “Avenida Brasil”, exibida pela Rede Globo, a vilã da novela buscando dar
um ‘recado’ para uma das suas inimigas, ela envenena o cachorro de estimação da personagem e fim de papo. Porém, a situação não
gerou grande estardalhaço ou espanto com a crueldade realizada contra o animal
assassinado. Pelo contrário, nada foi declarado. Tudo aparentemente dentro da
normalidade das inúmeras mortes sucedidas nas telinhas da Globo.
Mas no domingo,
exatamente no dia seguinte do espetáculo do envenenamento, o Fantástico (Show
da Vida!) exibiu uma reportagem denunciando um episódio de maus tratos contra uma cadela, denominada Menina. A notícia se tornou relevante
e alcançou tamanha visibilidade, pois o agressor do animal trata-se do produtor
musical do cantor Thiaguinho, ex-Exaltasamba. Surpreendentemente o cantor foi
convidado a prestar esclarecimentos ao público e, durante a entrevista, fez questão de anunciar a demissão de seu então produtor
alegando não admitir tamanha crueldade. O episódio em detalhes pode ser
verificado clicando aqui.
Nossa, quanta dualidade
para uma só emissora! O fato me fez pensar como essa emissora foi capaz de
condenar um ato de agressão de um produtor musical, quando o mesmo ato também
foi cometido por ela. Como está escrito em uma passagem bíblica “Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que
está no olho de teu irmão” (Lucas 6:42).
O fato é que são muitas
as cenas de injustiça, violência, maus tratos e impunidade que temos que
prestigiar através da TV brasileira. Compartilho com vocês o caso acima,
buscando alertá-los para um pensar reflexivo diante das coisas, pois afinal,
nem tudo é verdadeiramente como se parece.
Até breve,
Jussara Assis
30 de junho de 2012
Racismo: legado de nossos ancestrais
Ao marcar os dois gols que colocaram a seleção italiana na final da Euro – 2012 contra a seleção espanhola, Mario Barwuah Balotelli derrota naquele momento o racismo e a indiferença que caracterizam parcela significativa da população do velho continente.
Balotelli é negro, filho de imigrantes ganenses que o abandonaram em um hospital na cidade italiana de Palermo. É filho adotivo da família Balotelli, naturais de Brescia, outra cidade italiana.
Balotelli antes de fazer parte da seleção italiana faz parte de uma seleção maior: um contingente expressivo de expatriados ou imigrantes que deixam suas origens e se aventuram em outras comunidades, em busca de uma vida mais digna. Estes todos os dias são goleados pela intolerância. Desde tempos imemoriais, nós seres humanos aprendemos que bárbaro e estrangeiro são a mesma coisa. Alguns torcedores croatas, espanhóis, poloneses, ucranianos e, até mesmos os italianos justificam seus atos históricos e abomináveis contra Balotelli, pois os “bárbaros” são incultos, selvagens e sem pátria assim, são destituídos de qualquer direito.
Um filósofo alemão definiu o estado como uma unidade que engloba todos os contrários. Mas estes estrangeiros não são considerados nem opostos, pois seus direitos são insignificantes. O estado aqui é formado pelos opressores e oprimidos dos limites restritos dos grupos culturais. Os antagonismos são deixados de lado por estes dois grupos quando exercem a suas soberanias contra os expatriados deixando bem claro suas diferenças. O racismo é uma forma de exercer determinada soberania sobre algo. Ele não é legal, mas é aceito por uma parcela significativa da população narcísica europeia que, tem a pretensão primitiva de ser o centro do mundo.
Amanhã é a grande final: Itália e Espanha duelarão para saber quem é a melhor seleção europeia da atualidade. Mas, no duelo da desigualdade já sabemos que são os ganhadores e os perdedores.
Fábio César Marcelino
11 de junho de 2012
Imprensa de papel
Com o crescente poder da internet, as notícias passaram a ser mais facilmente consumidas em qualquer momento ficando
literalmente à nossa escolha. Um verdadeiro fest food de informações. Com isso, mais uma vez o futuro dos jornais impressos virou temática de discussão. Todos se perguntam: até quando haverá jornal impresso? Como esse suporte ainda consegue sobreviver e resistir a essa mudança de mercado?
Quando não se pode vencer o inimigo, a quem diga que neste caso é melhor se aliar a ele. Pois, ao que parece, é isso que os jornais impressos estão fazendo para resistir no mercado. Atualmente, para todo jornal impresso há uma versão digital, online, ao seu dispor. Você deve estar pensando: mas então para que o jornal impresso? Os grandes meios de distribuição deste suporte também se perguntaram isso e chegaram a conclusão de que o fim está breve. Em 2007, por exemplo, Arthur Sulzberger, dono do New York Times, afirmou “Eu não sei se daqui a cinco anos estaremos imprimindo o Times.”
O fato é que o mercado está se adequando as novas exigências, pois de um lado há um leitor tradicional que não abre mão de ler o seu bom e velho jornal, acompanhado de uma xícara de café, pela manhã. Porém, de um outro lado há uma imensidão de novos leitores conectados à internet podendo consumir todas as notícias que desejar. E ai, a quem agradar?
Visando a economicidade
do negócio, os distribuidores
de jornais impressos estão reduzindo a circulação e oferecendo o mesmo serviço online, pois é notável que com a baixa da procura dos impressos está acarretando prejuízos. O jornal Folha de São Paulo, na edição desta terça-feira, dia 05 de junho, publicou uma notícia informando que para reduzir os custos e evitar prejuízos maiores, há duas semanas o jornal “Times-Picayune”, anunciou que a partir de setembro o jornal circulará apenas três vezes por semana. Nos demais dias, os leitores podem consultar o noticiário online.
É o futuro se aproximando cada vez mais. E como
diria Marshall Berman, “tudo que é sólido desmanha no ar” e, trazendo para o contexto
atual, tudo que é sólido tenderá a se tornar digital. E ai, o que você acha?
Até breve,
Jussara Assis
17 de maio de 2012
A luta continua...
No ultimo
domingo, 13 de maio, data em que se comemorou o Dia das mães, foi marcado por
comemorações por todo Brasil. Data comercial, o assunto esteve presente em
todos os veículos de massa, pois é uma data que se fatura muito com a publicidade.
Este
mesmo dia 13 de maio, também se “comemorou” a abolição da escravatura. Este
evento não teria alguma publicização, se não fosse pela a prisão do rapper Emicida após um show na capital mineira. Pelo contexto e pela data, poderia se
deliberar uma grande discussão sobre o assunto, mas o evento – a prisão de um
negro é uma situação corriqueira e gasta – gerou apenas algumas notas nos
veículos de massa. Não merece tanta consideração.
A
padronização da vida, fez com que nós recorrêssemos ao velho passado, meio que
a contragosto, buscar em nossa cultura, algo que se possa diferenciar da turba
nas tardes entediantes de domingo. A negritude virou mercadoria, e hoje é moda
entre algumas “tribos sociais”. A negritude vista como um estilo de vida é publicizada
e defendida pelos meios de comunicação de massa. O indivíduo negro, não.
Apesar da
contribuição grandiosa na construção de nosso Brasil, o negro ainda é açoitado
por um chicote que estraçalha tanto o corpo como a alma. Assistimos pela TV ao
derramamento de sangue destas “Criaturas de Ébano” nos fins de tarde no
programa do Datena ou em pequenas notas no dominical Fantástico. “Abriram as
portas da senzala e fecharam as portas da cidadania”, não me lembro do autor
desta frase, mas fica o registro.
As
grandes produções da Indústria Cultural que focam o homem negro ganham
relevância, quando coloca o mesmo em “seu lugar” historicamente falando, ou
seja, de sofrido e subalterno; faço um recorte no filme Besouro e, termino este
texto com os minutos finais da produção cinematográfica citada.
A luta
continua...
Para se
resgatar a autoestima, pra ser visto como cidadão, fugir da marginalidade...
Fábio César Marcelino
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