20 de novembro de 2011

A mídia vista como espaço público

No último dia 27 de outubro uma bomba atirada de Curitiba atingiu em cheio os amantes da música sertaneja: a dissolução da dupla Zezé de Camargo & Luciano após uma discussão entre ambos, colocando fim a mais de 20 anos de caminhada pelos palcos do nosso Brasil. Antes de chegar ao seu destino final – rede globo – permeou pelas mídias sociais, causando opiniões variadas.

Na contemporaneidade a internet assume o lugar do espaço público destinado há séculos atrás pelos gregos, como um lugar comum, onde se debatiam os assuntos relacionados a “Polis”.

Vídeos no youtube, posts em blogs, opiniões no faceboock e orkut repercutiram o assunto até gastá-lo, pois quase 1 mês depois, o assunto está morto e enterrado.

Estas discussões supostamente ditas de “ordem pública” são tão fugazes quanto um piscar de olhos, mas estas preocupações são produtos de uma sociedade que reproduz para a vida cotidiana o mesmo espetáculo consumido nas produções midiáticas.

Clamamos para nossas vidas o mesmo desfecho feliz que a dupla anunciou nos variados programas da TV Globo: que tudo não passou de mal entendido, e que pelo bem geral nação, o Luciano não deixaria nunca o Zezé.

Vejam o vídeo da entrevista da dupla no programa do Jô. 



Fábio César Marcelino

2 de novembro de 2011

Mal-estar social


No início do segundo semestre de 2011, a população brasileira se comoveu com anúncio do ator global Reynaldo Gianecchini, ao dizer ter sido diagnisticado com câncer linfático. Já no último sábado, dia 29 de outubro, o ex-presidente da república Luís Inácio Lula da Silva, também se pronunciou informando que está com um câncer maligno localizado na laringe.

Agora vamos aos fatos!

Lula e Giannecchine: dois personagens públicos brasileiros. O câncer: doença caracterizada “pelo crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgão". O câncer é sem dúvida uma das doenças mais temidas pelas pessoas e quando associada a figura de um jovem, belo e promissor ator global ou então, a figura patriarca de um ex-representante político, o que se apresenta é uma anomia geral. Milhares de pessoas esquecem seus sofrimentos e o projetam na figura desses semi-deus idealizados pela mídia. O discurso totalmente dramatizado se constrói... e, então, o sofrimento de milhares de anônimos, como crianças, jovens, adultos e idosos, portadores do mesmo tipo de doença se esconde... ficando quase que imperceptível.

A discussão desse texto não tem como intuito julgar qual situação é a mais dolorosa ou algo do gênero. Apenas diante da espetacularização do drama humano, evidenciado pelos veículos de comunicação ao noticiarem a doença desses personagens, foi que senti a necessidade de lembrá-los que outras figuras - não tão famosas quanto estas, estão nos hospitais ou em casa aguardando o apoio da população brasileira.

Abaixo, destaco a campanha do Instituto Mário Pena – “Doe palavras” como um gesto de solidariedade aos anônimos que esperam por nós. Não deixem de conferir e colaborar!


Até a próxima postagem,

Jussara Assis