Imagem: Revista EXAME |
Durante o dia 29 de agosto, último
sábado um assunto bombou nas principais fan pages de notícias e entretenimento
das redes sociais digitais: Neurocientista NEGRO é barrado em hotel onde iria
ministrar palestra.
O episódio narrado aconteceu em São
Paulo, na sexta-feira dia 28 de agosto, durante um seminário sobre a
criminalização das drogas e de seus usuários, a então vítima trata-se do professor
norte-americano Carl Hart, da Universidade de Columbia, negro e com dreadlocks,
ele não teve a sua entrada permitida por seguranças do Hotel Tivoli Mofarrej.
Porém, a história “parece” ser outra...
“Durante minha palestra,
chamei atenção para a pouca quantidade de negros que participavam do seminário.
Eram dois ou três, enquanto havia centenas de brancos. Não tinha relação
nenhuma com o episódio do hotel, mas a reportagem associou as duas coisas. A
matéria foi enganosa e viralizou. Eu quero que as pessoas entendam que, se
tivesse sido discriminado, seria a primeira pessoa a falar sobre isso. E o
Brasil tem sérios problemas de discriminação racial, então a indignação que
sentiram em relação a mim deveriam expressar pelos próprios brasileiros. Não
deveriam gastar essa energia comigo”, defendeu o professor.
Mas, como disse Lenine em sua sincera
poesia “já que subi nesse ringue e o país do swing é o país da contradição”
então vamos aos fatos! Em meio à
necessidade de compartilhar o conteúdo cada vez mais rápido e com
exclusividade, os jornalistas acabam se esquecendo de um simples ato: a
verificação da informação! E ai, o que vale é vender a notícia, gerar mais vews
e curtidas a conteúdos polêmicos ou o que vale é a veracidade da notícia e sua
relevância social para o público? Em que medida o mito é notícia ou a notícia é
um mito?
Ou então será que tudo isso não passou
de uma bela sacada de marketing para promover o Seminário e o Palestrante?
Quantas contradições e possibilidades, não é mesmo? Mas até onde uma mentira
contada mil vezes se torna realidade? E você, vai preferir qual versão?
Fonte: EXAME e Estúdio Fluxo
Até breve,
Jussara Assis