23 de dezembro de 2013
16 de dezembro de 2013
Parabéns, futebol mineiro!
Arte: Revista Veja BH |
Todos
nós, cidadãos/torcedores que moramos em outros estados da federação fora do
eixo Rio-São Paulo, sabemos desta máxima. Eles preferem atenuar as mazelas e
peripécias dos clubes do eixo, do que mostrar a eficácia presente dos times
mineiros.
Vasco e
Fluminense, se não haver virada de mesa, devem figurar na Série B, em 2014 e,
não teremos na Taça Libertadores, nenhum clube grande da capital paulista.
Prejuízos à vista.
Segundo o
jornalista Cosme Rimoli, Flamengo e Corinthians recebe, cada um, R$ 120 milhões
da Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. No
Brasileirão deste ano foram transmitidas 28 partidas do Corinthians e 21
partidas do Flamengo, em TV aberta. Este tipo de exposição faz com que as duas
equipes consigam ótimos patrocínios.
Segundo a
Revista Placar, através do guia anual “Brasileirão 2014”, a Nike paga R$30 milhões
anuais ao Corinthians. A mesma empresa paga ao Coritiba R$550 mil por ano. O
banco estatal, Caixa Econômica Federal, paga ao Flamengo R$25 milhões anuais.
Já para o Atlético Paranaense, segundo a revista, a Caixa paga R$5,4 milhões ao
ano. A diferença é absurda.
É obvio
que as equipes paulistas e cariocas possuem mais torcidas que os demais times
de outros estados, principalmente Flamengo e Corinthians. Vale ressaltar,
também, que tudo que é produzido pela grande mídia, em nível nacional, advém do
Rio de Janeiro e de São Paulo. Sendo, portanto, referência para todo o país. Nos
anos 60, o Canal 100, cinejornal semanal que veiculava diversas notícias para
todo o Brasil, apresentava os melhores momentos de partidas de futebol de times
da região Sul-Sudeste do país. Nos dias de hoje, a Globo transmite o Campeonato
Carioca para todos os Estados da Região Norte, alguns do Nordeste e Distrito
Federal. Não é à toa, que o Flamengo e Vasco possuem grandes contingentes de
torcedores nestes estados. Vejam os números abaixo.
Fonte: Blog Teoria dos Jogos |
Por
motivos ideológicos e comerciais, fica clara a adesão da mídia por certos clubes,
pela capacidade de retorno financeiro que estes possuem. Desta feita, estes
times serão sempre notícia, terão sempre as melhores receitas e, se bem
administrados, podem fazer, sempre, os melhores times. No entanto, esta prática
antidemocrática de centralizar os holofotes em um único contexto, ou seja, o
eixo Rio-São Paulo, fere com um dos princípios que norteiam o jornalismo: o
dever de transmitir entendimento.
Quem não
acompanha o futebol de Minas Gerais, tem certeza que a boa fase dos clubes das
“Alterosas” se dá pela fase ruim em que os times do eixo se encontram. Atlético
e Cruzeiro não tiveram sorte, mas sim, muita competência, dentro e fora das
quatro linhas. O caráter mercadológico dos meios de comunicação afasta, cada
vez mais, o fato da notícia.
Hoje, é
fato: Minas Gerais é a capital do Futebol brasileiro. Parabéns ao Clube
Atlético Mineiro e ao Cruzeiro Esporte Clube pelas conquistas deste ano. Para
2014 dá para fazer o seguinte prognostico: Galo e Raposa não farão a final da
Taça Libertadores da América, porque clubes do mesmo país não podem fazer a
final.
Fábio César Marcelino
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