20 de novembro de 2013

Salve, salve quilombo!

Como diria o saudoso Wilson Simonal, em seu tributo a Martin Luther King, importante líder do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, “meu irmão de minha cor. O que te peço é luta sim. Luta mais! Que a luta está no fim”.

E baseado nesse ideal de luta é que hoje, dia 20 de novembro, é lembrada a morte do líder da maior e mais duradoura resistência à escravidão no Brasil, Zumbi dos Palmares. Alguns costumam chamar de Dia da Consciência Negra.

Algumas pessoas também costumam se cumprimentar nessa data, festejar e até curtir um feriadão como no Rio de Janeiro e em São Paulo. Porém, poucos de fato têm essa chamada “consciência negra” ou mesmo sabem o que representa a data. Mas afinal, o que chamam de consciência negra?

O Movimento Negro Unificado no País, responsável pela criação da data comemorativa, acredita que essa data serve de reflexão para a luta contra o racismo em relação aos negros. E eu também acho. Muitos ironizam, acham que ocorre uma carnavalização dessa luta e até criticam o porquê de não haver também um dia para a consciência branca, indígena, ocidental, oriental, gay etc. Também concordo, mas isso não desmerece a causa.

O fato é que a luta pela consciência negra embora leve esse nome, transpassa a questão da cor. Vejo que é apenas um pretexto para gerar mais reflexão. Penso que não só no dia 20 de novembro, mas todos os dias, todos deveriam parar e pensar assim: será que tenho consciência da história do negro no país? Será mesmo que tenho consciência de que em um passado não muito distante, os negros eram escravizados? Será que tenho consciência que a grande mídia brasileira ignora a presença do negro em sua grade de programação? Será que tenho consciência sobre o uso estereotipado da imagem do negro pela mídia? Será?

Como hoje é um dia de reflexão. Deixo para vocês estes questionamentos. Registre aqui sua opinião sobre este post e vamos perdurar a luta em prol dessa consciência. Para finalizar, convido vocês a assistirem o vídeo abaixo.



Até breve,
Jussara Assis