8 de maio de 2012

Oportunismo na TV



A foto acima se refere a uma espécie de marca registrada do ídolo do futebol brasileiro, o rei Pelé comemorando um gol. Atualmente a cada jogo de futebol uma nova comemoração é realizada e, assim, criatividade, suingue, euforia e oportunismo se misturam. Você pode estranhar que esse tipo de brincadeira se misture como um ato oportunista, mas acredite, pois a comemoração de um gol esta indo além de um simples momento fugaz de alegria e euforia.

O programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, durante o Campeonato Brasileiro de 2011 criou o boneco João Sorrisão, uma réplica do brinquedo conhecido como João Bobo. Durante o campeonato, todos que fizessem um gol e comemorassem imitando a personalidade global, levaria um boneco de presente. Além disso, quem fizesse três gols ou mais em uma mesma partida poderia escolher a trilha sonora da narração dos gols feitos.
E, por falar em trilha sonora, está ficando cada vez mais comum comemorar o gol dançando a música do momento.  E quando isso acontece, a felicidade é geral: o jogador que fez o gol, o time, o técnico, a torcida e, claro, o dono da música.

O futebol está evoluindo e os atletas demonstram em campo seus múltiplos talentos. O Neymar, por exemplo, pop star dos gramados, além de lançar um estilo Neymar de ser, ainda desperta curiosidade ao fazer coreografias de seus ídolos. O Fantástico sabe de tudo isso e, como não é de desperdiçar uma oportunidade, o show da vida após ter acesso a um vídeo no qual Neymar, ao chuveiro, encena a música “Assim você mata o papai”, do grupo Sorriso Maroto, criou um concurso para eleger a coreografia da letra. Por curiosidade, acaso ou oportunismo a música é tema da nova novela da emissora a “Avenida Brasil”.

E assim, a mídia mais uma vez se mostra como formadora de opinião lançando forçadas tendências. E como diria Ivan Lins, “não fechei os olhos, não tapei os ouvidos [...] só não lavei as mãos e é por isso que eu me sinto cada vez mais limpo”. A boa música, o bom futebol e a capacidade de escolher o que se quer consumir na mídia não podem ser deixados de lado.

 
Até breve,
Jussara Assis

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