A música
“Ai seu eu te pego” de Michel Teló já fazia estrondoso sucesso aqui no Brasil,
mas, o ápice veio mesmo, depois que o gajo Cristiano Ronaldo, ícone do futebol,
e que atua no “galáctico” time espanhol do Real Madri, marcou um gol e
comemorou dançando o hit de Teló.
Depois do
fato, as imagens correram o mundo e, jogadores de várias partes do globo,
passaram a comemorar seus tentos, dançando o mesmo hit.
Seria
mais um rebento da música precocemente entrando para a história, transformando-se
em clássico mundial, tamanha a aceitação do público? A sua mensagem obteve
êxito, pois foi traduzida e ganhou variadas versões, cumprindo seu papel de
modificar ou reafirmar pontos de vistas. Virou um hino, mesmo que fugaz, mas
virou um hino. Este fenômeno tem uma explicação, vamos a ele.
Na
comunicação existe uma máxima: “Quanto maior o repertório, menor a audiência. E
quanto menor o repertório, maior a audiência”. Audiência está relacionada com a
quantidade de pessoas na qual se quer passar a mensagem; o repertório está
associado com cabedal de cada pessoa, ou seja, com os conhecimentos técnicos
específicos de cada indivíduo: seus valores éticos, estéticos, filosóficos etc.
A
mensagem da música de Teló tem baixo repertório, pois é gasta, redundante e com
pouca carga de originalidade, tamanha a banalidade no trato com o assunto que, antagonicamente,
é de suma importância para todos no nosso combalido planeta. Ademais, a
mensagem veiculada refere-se de assuntos da esfera do privado e, alguns anos
atrás, tratar destes mesmos assuntos em público era sinônimo de imoralidade e
subversão. Na atualidade é palatável e traduzível a qualquer hora do dia em
qualquer comunicação que se faça, portanto, a audiência é imensa: tenho certeza
que todos sabem de que falo da sexualidade explicita e sem pudor, servida como
banquete farto pela indústria cultural.
Como nos
dias de hoje, a imagem é tudo, confiram os vídeos abaixo e tirem as suas
conclusões.
Fábio César Marcelino
Fábio César Marcelino
Ótimo texto.
ResponderExcluirEssa música já deu o que tinha que dar !